Estamos na Semana do Amor, com a morte e ressurreição de Jesus todos nós encontramos acesso ao Pai, somos ressuscitados com Cristo e, assim, assumindo, de fato, a identidade de cristãos passamos à vida nova no hoje da nossa história.
Acompanhando os passos do Servo sofredor e as dores de sua santa Mãe, fazemos o percurso do amor que não se apega a exterioridade, mas consome-se para dar a vida. Caminhamos, portanto, através do caminho da dor, para a grande celebração da vida, a Páscoa. Olhamos para o Deus que passa e salva o seu povo (Ex12), a Páscoa de Javé; olhamos o povo que passa para a libertação (Ex 14), Páscoa do Povo. Olhamos para Jesus Cristo quem vem até nós, que “esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2, 7-8). Deus passa em Jesus Cristo e salva o seu povo, é Páscoa de Jesus.
A Páscoa é o tempo oportuno de contemplarmos, celebrarmos e vivermos o Ressuscitado, é a presença do Senhor em nosso meio que se faz nosso alimento e estreita os laços da verdadeira comunidade.
No acolhimento pascal percebemos o grande presente, o Ressuscitado nos concede o seu Espírito que renova a face da terra, restaura o seu povo e conduz rumo à verdadeira vida.
A Igreja, mergulhada nessa ação celebrativa encarnada na sociedade, acolhe e testemunha a vida que não morre. Ela profetiza o valor da vida e anuncia a páscoa definitiva, quando seremos transformados no amor de Deus.
Celebremos com amor e ardor o mistério da Semana do Amor e acolhamos com alegria os sinais daquele que por nós se entregou porque muito nos amou.
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