quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Te Deum

O Papa Bento XVI  presidiu as primeiras Vésperas da Solenidade de Santa Maria Santíssima Mãe de Deus na Basílica de São Pedro, no final da tarde do último dia do ano. Em seguida, o Santíssimo Sacramento foi exposto, cantou-se o hino do Te Deum de agradecimento e o Pontífice concede a Benção Eucarística.

Te Deum é um hino litúrgico tradicional, e seu texto foi musicado por vários compositores, entre eles Wolfgang Amadeus Mozart, Franz Joseph Haydn, Hector Berlioz, Anton Bruckner, Antonín Dvorák, e até o imperador Pedro I do Brasil.

Como surgiu o Te Deum? Qual o seu significado? Quem responde é Dom José Palmeiro, abade emérito do Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro.

“É um hino muito antigo, alguns atribuem até a Santo Ambrosio, Santo Agostinho, não é certo, mas já no século VI, São Bento mencionou o Te Deus. É um hino de louvor a Deus, de agradecimento. Este nome vem por causa das palavras iniciais, Te Deum laudamos, “a vós ó Deus louvamos”, e tem um sentido trinitário porque menciona três pessoas, fazendo com que nós nos unamos aos anjos quando dizem “A Ti todos os Anjos, a Ti os céus, e todas as potestades, a Ti os querubins e os serafins aclamam”.

“Então nos unimos à aclamação dos anjos a Deus, “Santo santo santo” - como na missa. É uma melodia muito bonita. Com este canto, também pedimos que venhas em socorro de teus servos. “Faze que com os teus santos sejamos levados à glória eterna”.

“Aqui no mosteiro nós cantamos na noite do dia 31, no final da vigília. Não é popular como já o foi. Antigamente era comum; por exemplo, na história do Brasil, vemos que Dom João VI chegou ao Brasil e logo após desembarcar foi para a catedral e lá houve o canto do Ter Deum. Dom Pedro, I Dom Pedro II visitavam as cidades e eram recebidos com o canto do Te Deum. Não se celebravam missas, mas o Te Deum. Era incrementado por uma homilia, por algum canto, por uma celebração litúrgica. Isso no século XIX, depois se perdeu. Hoje em dia é prescrito para o Ofício Divino aos domingos e festas e solenidades; é o equivalente ao Glória da Missa. Há uns anos atrás, Paulo VI e JPII iam à igreja dos jesuítas, Igreja do Jesus, em Roma, no último dia do ano e dirigiam o Te Deum. Muitas vezes o Te Deum se faz durante a exposição do Santíssimo Sacramento”.


Segue a tradução em português do texto original do Te Deum:

A VÓS, Ó DEUS

A Vós, ó Deus, louvamos e por Senhor nosso Vos confessamos.
A Vós, ó Eterno Pai, reverencia e adora toda a Terra.
A Vós, todos os Anjos, a Vós, os Céus e todas as Potestades;
A Vós, os Querubins e Serafins com incessantes vozes proclamam:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exércitos!
Os Céus e a Terra estão cheios da vossa glória e majestade.
A Vós, o glorioso coro dos Apóstolos,
A Vós, a respeitável assembleia dos Profetas,
A Vós, o brilhante exército dos mártires engrandece com louvores!
A Vós, Eterno Pai, Deus de imensa majestade,
Ao Vosso verdadeiro e único Filho,
digno objeto das nossa a adorações,
Do mesmo modo ao Espírito Santo, nosso consolador e advogado.
Vós sois o Rei da Glória, ó meu Senhor Jesus Cristo!
Vós sois Filho sempiterno do vosso Pai Omnipotente!
Vós, para vos unirdes ao homem e o resgatardes
não Vos dignastes de entrar no casto seio duma Virgem!
Vós, vencedor do estímulo da morte,
abristes aos fiéis o Reino dos Céus,
Vós estais sentado à direita de Deus,
no glorioso trono do vosso Pai!
Nós cremos e confessamos firmemente
que de lá haveis de vir a julgar no fim do mundo.
A Vós portanto rogamos que socorrais os vossos servos
a quem remistes como vosso preciosíssimo Sangue.
Fazei que sejamos contados na eterna glória,
entre o número dos vossos Santos.
Salvai, Senhor, o vosso povo e abençoai a vossa herança,
E regei-os e exaltai-os eternamente para maior glória vossa.
Todos os dias Vos bendizemos
E esperamos glorificar o vosso nome agora e por todos os séculos.
Dignai-Vos, Senhor, conservar-nos neste dia
e sempre sem pecado.
Tende compaixão de nós, Senhor,
compadecei-Vos de nós, miseráveis.
Derramai sobre nós, Senhor, a vossa misericórdia,
pois em Vós colocamos toda a nossa esperança.
Em Vós, Senhor, esperei, não serei confundido.

Fonte: cnbb.org

domingo, 25 de dezembro de 2011

Mistério do Natal

"Portanto, o mistério do Natal nos impõe uma dívida e uma obrigação para com os demais homens e para com todo o universo criado. Nós que vimos a luz de Cristo somos obrigados, pela grandeza da graça que nos foi dada, a tornar a presença do Salvador conhecida até os confins da Terra. Isto faremos não só pregando a boa-nova de sua vinda, mas, sobretudo, revelando-o em nossas vidas. Cristo nasceu hoje para nós, de maneira a poder manifestar-se ao mundo através de nós. Este dia é o do Seu nascimento, mas todos os dias de nossa vida mortal devem ser sua manifestação, sua divina Epifania no mundo que Ele criou e redimiu"
Thomas Merton

Ave Maria

Feliz Natal

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Abandono nas mãos de Deus

Senhor Deus,
Não tenho a menor idéia de para onde estou indo,
Não enxergo o caminho à minha frente,
Não sei ao certo onde irá dar esse caminho.
Também não conheço verdadeiramente a mim mesmo,
E o fato de que penso que estou seguindo a Tua vontade
Não significa que realmente esteja seguindo a Tua vontade.
Mas acredito que o meu desejo de Te agradar
Realmente Te agrada.
E espero ter esse desejo em tudo o que fizer,
Espero nunca me afastar desse desejo.
Sei que, se assim o fizer,
Tu me guiarás pelo caminho correto
Embora eu possa nem saber que o estou trilhando.
Assim, confiarei sempre em Ti
Embora eu pareça estar perdido
E caminhando na sombra da morte.
E não temerei, porque Tu estás sempre comigo
E nunca deixarás que eu enfrente os perigos sozinho.

(Thomas Merton, Na Liberdade da Solidão)

sábado, 24 de setembro de 2011

Pensamento

"Deus não me dá autoridade para condenar ninguém.
Eu sou instrumento do Senhor,
utilizado somente para compreender e perdoar.
Condenar? Essa palavra não existe em meu vocabulário
e acho que é por isso que sou tão feliz.
Creio na ajuda e não na condenação".
Papa João Paulo I