É bom recordar que os judeus celebravam a Páscoa dentro da orientação do Livro do Êxodo (Ex 12), dia catorze do primeiro mês. A celebração marcava a libertação da escravidão do Egito e o caminho para a Terra da Promessa.
A Páscoa Judaica é a memória do que Deus fez e faz, é a memória da passagem de Javé no meio do povo e a passagem do povo rumo à libertação.
A Páscoa Judaica tinha por base a Lua, portanto, a data da Páscoa seguia o calendário lunar.
No II Século temos a controvérsia sobre a data da Páscoa, a questão de fundo não era com relação ao sentido da Páscoa (a ressurreição do Senhor), mas sim quanto ao dia. Na Ásia Menor, temos o 14 de Nizam, os adeptos dessa data eram conhecidos como quartodecimanos. Roma celebrava a Páscoa no domingo seguinte a essa data.
Em 325, o Concílio de Nicéia determinou que a Páscoa seria comemorada no primeiro domingo após a primeira Lua Cheia da primavera (equinócio da primavera no hemisfério norte) - Equinócio é definido como um dos dois momentos em que o Sol, em sua órbita, vista da Terra, cruza o plano do equador celeste. Os equinócios acontecem em março e setembro, e são as duas ocasiões em que o dia e a noite tem igual duração. - Como Nicéia fica no hemisfério norte, a estação correspondente para o Brasil é o outono.
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